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Notícias do Tocantins – O encontro regional da campanha estadual "Diálogos em Rede: a articulação interinstitucional e a garantia de direitos de crianças e adolescentes vítimas ou testemunhas de violência", realizado na última sexta-feira (9/5), em Porto Nacional, não apenas debateu estratégias de proteção infantojuvenil, mas também ecoou relatos emocionantes de profissionais que atuam na linha de frente. 2r2cx

O evento é promovido pelo Ministério Público do Tocantins (MPTO), Polícia Civil e Secretaria da Segurança Pública do Tocantins (SSP-TO).

Um desses testemunhos impactantes foi o da coordenadora de Monitoramento, Formação e Avaliação da Secretaria de Educação de Porto Nacional, Raquel Chaves. Durante sua participação, Raquel compartilhou uma experiência pessoal delicada e corajosa envolvendo a identificação e denúncia de violência sexual contra duas crianças, uma de suas alunas e outra de uma colega.

Com a voz embargada, a educadora descreveu os sinais sutis que levantaram o alerta: o silêncio das crianças, a falta de interação social, a tristeza constante, o desenvolvimento atípico nas atividades e até mesmo a forma inadequada de se vestir. Em um dos casos, um sinal físico alarmante – a dificuldade de uma das meninas ao caminhar, com as perninhas abertas – reforçou a suspeita.

"Elas eram assim, não interagiam, não tinham interação social, eram muito tristes", relembrou Raquel, detalhando como, em um momento oportuno e em um local apropriado, as professoras e a orientadora da escola abordaram as crianças com sensibilidade. "Elas começaram muito tímidas a contar. Aí, então, elas contaram tudo o que estava acontecendo, na linguagem infantil delas, de inocência ainda; então, a partir daí, a gente tomou as providências", completou.

Ao ser questionada sobre o impacto pessoal da situação, Raquel não escondeu o medo que sentiu. "No início, eu senti medo, porque eu sofri ameaças da família, a mãe foi na escola para tentar me agredir, e eu senti muito medo", revelou. No entanto, a comoção e o senso de responsabilidade falaram mais alto: "Mas, acima do medo que eu senti, eu senti muita pena, eu senti dó das crianças e entendi que eu precisava fazer alguma coisa por elas; então, eu decidi agir, denunciar", comentou.

O relato de Raquel Chaves, permeado por coragem e pela dura realidade enfrentada por profissionais da educação, sublinhou a urgência da temática central da campanha "Diálogos em Rede", promovida pelo Centro de Apoio Operacional às Promotorias da Infância, Juventude e Educação (Caopije) e pelo Centro de Estudos e Aperfeiçoamento Funcional (Cesaf), órgãos do MPTO.

A iniciativa visa fortalecer a rede de proteção e a articulação interinstitucional para garantir os direitos de crianças e adolescentes vítimas ou testemunhas de violência no Tocantins, otimizando o atendimento e garantindo mais agilidade, eficácia e, sobretudo, um tratamento humanizado que evite a revitimização.

O coordenador do Caopije, promotor de Justiça Sidney Fiori, é defensor dos direitos infantojuvenis e tem liderado os encontros da campanha pelo estado. Durante a etapa realizada em Porto Nacional, Fiori enfatizou a urgência do cumprimento rigoroso das leis de proteção brasileiras. Ele ressalta o papel crucial dos participantes na identificação e no enfrentamento da violência, a exemplo da atuação da coordenadora de Educação Raquel Chaves.

A campanha ‘Diálogos em Rede’ tem justamente esse propósito: capacitar e mobilizar todos os profissionais da área para que possamos aplicar as leis de forma efetiva e, juntos, construirmos um sistema de proteção que seja cada vez mais eficiente e acolhedor para os nossos jovens", enfatiza Fiori.

A Polícia Civil do Tocantins (PCTO), parceira na realização da campanha, tem intensificado seus esforços para assegurar que crianças e adolescentes em todo o estado recebam a devida proteção e atendimento padronizado e de qualidade.

A delegada da PCTO Carolina Braga enfatizou o comprometimento da instituição. “O objetivo principal é garantir que, independentemente da localização geográfica, todas as vítimas de violência tenham o ao mesmo nível de cuidado e apoio por parte da polícia civil”, afirmou.

A campanha "Diálogos em Rede" segue com encontros em outras cidades do estado, buscando disseminar conhecimento e aprimorar o atendimento a essa parcela vulnerável da população.

Próximos encontros

Evento foi realizado na última sexta-feira, 09.
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