Notícias do Tocantins - A exoneração em massa de todos os servidores comissionados de Xambioá, decretada pelo prefeito Mayck Câmara (Republicanos), como medida de contenção de gastos para cumprir os limites da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), tem gerado críticas de opositores e de parte da população. A justificativa do gestor é a necessidade de equilibrar as contas públicas, especialmente diante de uma folha de pagamento que compromete recursos para investimentos. 4sd2s
No entanto, o discurso de austeridade tem sido contestado por moradores que chamam a atenção para os altos gastos do prefeito em diárias pagas pelos cofres públicos do município.
Com base em dados do Portal da Transparência do município, em apenas 5 meses de gestão, de janeiro a maio deste ano, o prefeito recebeu R$ 72.325,00 em diárias por viagens para Palmas, Araguaína e Brasília. A média é de R$ 14.465,00 por mês. O montante chamou atenção de críticos que apontam contradição entre os cortes anunciados - que afetam centenas de famílias - e o ritmo de despesas istrativas.
Atualmente, o salário bruto do prefeito de Xambioá é R$ 18.000,00.
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Ao AF Notícias, Mayck defendeu os gastos, alegando que as viagens foram necessárias para garantir recursos e obras para o município. “Já consegui mais de R$ 20 milhões em emendas só neste ano. Sem ir atrás, não tem obra, não tem emenda, não tem nada”, afirmou.
O prefeito também rebateu as críticas com uma provocação: “Olha a despesa de outros prefeitos e compara os gastos com diárias da gestão ada [da ex-prefeita Patrícia Evelin (União)], com a minha. Gastaram até mais”.
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Mesmo com a defesa, a medida de exoneração em massa e redução de secretarias, de 14 para 8, provocou reação imediata de parte da população. Para adversários políticos, o corte generalizado poderia ter sido evitado ou amenizado com revisão de outras despesas, como as diárias e contratos istrativos.
Mas para o prefeito, a medida é inevitável para garantir a governabilidade. Ele informou ainda que pretende recontratar parte da equipe a partir de julho, com um limite mensal de R$ 850 mil para folha. Também foi anunciado um novo modelo de contratação por meio de bolsas de trabalho, no valor de R$ 1.000, que não geram encargos previdenciários, como forma de driblar o peso da folha.